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OPINIÃO: Golpe do bilhete premiado e o falso sequestro

O golpe do bilhete premiado é um tipo de fraude extremamente antiga e, por mais que se fale sobre ele, ainda há muitas pessoas que são ludibriadas e acabam sendo vítimas. Outro golpe muito usado é o do falso sequestro de pessoa da família, que, às vezes, toma contornos diferentes, mas está sempre presente. Por isso, é importante falar sobre eles.

As vítimas em potencial são pessoas idosas, mas nem sempre. No golpe do bilhete premiado, de regra, participam três pessoas. Ele é aplicado próximo a bancos. Primeiro, um indivíduo com aparência de pouco informado, ingênuo, aborda a vítima dizendo que tem um bilhete premiado e precisa trocá-lo com urgência, para voltar para sua cidade, por exemplo. Em seguida, surge um segundo sujeito, bem arrumado, oferece-se para ajudar e liga para a Caixa Econômica Federal (CEF), coloca no viva voz, aí surge o terceiro indivíduo que confirma os números sorteados, como se fosse um funcionário da CEF. A trama está feita. O indivíduo diz que entrega o bilhete premiado à vitima, devido a sua urgência em voltar, mas precisa de uma garantia, solicita um valor em dinheiro, bem menor que o "prêmio". Esse valor é o lucro do golpe. Depois que a vítima entrega o dinheiro, os criminosos somem. A Polícia Civil, este ano, apreendeu 24 milhões entre carros e bloqueio de imóveis de estelionatários do golpe do bilhete.

O outro golpe é do falso sequestro. Antes de falar sobre ele, importa dizer que esses golpes são estelionato, conforme art. 171 do Código Penal: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena: reclusão, de 1 a 5 anos, e multa. Ou seja, é a obtenção de vantagem econômica (dinheiro) enganando as pessoas, ludibriando-as.

O falso sequestro é aquele em que alguém liga para o telefone da vítima, geralmente idoso, e outra pessoa passa a gritar e chorar, pedindo socorro. O interlocutor diz que está com a pessoa, exige o depósito de dinheiro e dá o número de uma conta, geralmente quando a vítima ouve a ligação e escuta: "mãe" ou "vó", e a vítima responde: "é você Maria, minha filha?", por exemplo. Pronto, o criminoso agora já sabe o nome da filha, e passa a outra criminosa a gritar: "sou eu mãe, Maria, me salve".

Esses criminosos vivem enganando as pessoas, aproveitam-se da boa fé e até empatia que criam com a vítima. Portanto, prevenir é necessário. No golpe do bilhete, desconfie de quem lhe aborda próximo a agências bancárias ou caixas eletrônicos, não dê conversa a estranhos, principalmente se chega um segundo indivíduo, homem ou mulher. No falso sequestro, durante a ligação, se ouvir choros ou gritos, desligue o telefone imediatamente, tente ligar para a pessoa que pode ter imaginado ser a vítima. Se não conseguir de imediato, ligue para alguém de confiança para ajudá-lo, jamais dê quaisquer informações por telefone, nome, números de RG, CPF, endereço, conta etc. Fica um provérbio português: "A desconfiança é a mãe da segurança".

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